Com o lançamento da Mostra Rádio em Movimento, realizada nesta segunda-feira (4) no Copacabana Pálace Hotel, no Rio de Janeiro, a ABERT iniciou as celebrações dos 100 anos do rádio no Brasil.
O evento foi comandado pelo presidente da ABERT, Flávio Lara Rezende e contou com a participação dos componentes do Conselho Superior da entidade e presidentes de associações estaduais de radiodifusão, além do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), do presidente do Cenp (Fórum da Autorregulamentação do Mercado Publicitário), Luiz Lara, e do diretor da Patri Políticas Públicas, Rui Nogueira.
Pronunciamento
Dentro da programação comemorativa o presidente da ACERT, advogado Afro Lourenço pronunciou a seguinte mensagem:
Caro Presidente,
Prezados companheiros,
No próximo dia 07, quinta-feira, se comemorará o Dia do Jornalista; e, os recentes episódios de cerceamento de liberdade de imprensa e de expressão, por ordens de autoridades brasileiras, nos faz lembrar a crônica de Eduardo Alves da Costa, poeta carioca (de Niterói) que, homenageando o poeta russo, disse No Caminho com MaiakovskI: “Lendo teus versos, aprendi a ter coragem – disse o poeta carioca- Na primeira noite, eles se aproximam e roubam uma flor do nosso jardim, e não dizemos nada. Na Segunda noite, já não se escondem: pisam as flores, matam nosso cão, e não dizemos nada. Até que um dia, o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a luz e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. E já não podemos dizer nada.”
E, daí lembrei da metáfora utilizada pelo professor Edward Lorenz, que se conhece por “Efeito borboleta”, segundo a qual o bater de asas de uma simples borboleta poderia influenciar o curso natural das coisas e, assim, talvez provocar um tufão do outro lado do mundo. Ou seja, um aparente menos grave ato de cerceamento da liberdade de expressão poderá, no futuro próximo, se transformar numa censura institucionalizada, e não poderemos dizer mais nada. E apagada estará a democracia no Brasil.
Reflitamos!!